É comentário geral de que a novela que terminou no final de semana passada - Caras e Bocas - foi uma das melhores novelas dos últimos 15 anos, no seu horário de exibição.
Uma história contemporânea, leve, que foi assistida por por pessoas independentemente de sua faixa etária, que apresentou momentos lúdicos, de grande emoção, outros com uma capacidade cômica perfeita, mostrando núcleos de trabalho e de histórias lindas, todas com começo, meio e fim.
Mostrou de forma agradável, suave, gostosa de se ver, temas importantes tais como os problemas de tráfico de animais, tráfico de obras de arte, relacionamento entre adolescentes, guerra de interêsses dentro de família e, o mais importante, o relacionamento de amor entre casais.
Muitos personagens foram crescendo durante a trama, criando uma sinergia com o público, a ponto de podermos perceber as pessoas comentando sobre os causos da novela de forma tão simples e comum, como se fossem verdadeiros e estivessem acontecendo com conhecidos nossos, sejam vizinhos, amigos ou parentes.
Eu presenciei muita gente falando sobre as histórias e os personagens da trama como se fossem velhos conhecidos. Acredito que gravar as cenas deste folhetim tenha sido um prazer para todos os atores. Até para os que foram vilões. Vi muita gente pedir para gravar o último capitulo para não perder o final de uma história que, definitivamente, não gostariamos que houvesse terminado.
- Quem não gostaria de ver, anos depois, a Bianca assumindo a Conti?
- Quem não daria um tudo para ver a Dafne fazendo sucesso na galeria?
- E o retorno do Cassio e do André de sua viagem à Europa?
Imagine então como seria interessante ver o namoro da Bianca e do Felipe? Será que deu certo?
Amigos, essa é uma história que não merece um remake, mas uma nova temporada, como vemos acontecer em programas humorísticos, por exemplo (Sai de Baixo, Minha nada Mole Vida), etc.
Meus parabéns para o Valcyr Carrasco, para a Claudia Souto, pelo texto, pela sua capacidade de criação, pela continuidade da trama, que em nenhum momento perdeu o seu foco e manteve uma linha perfeita de comunicação limpa, leve e solta. A direção do Jorge Fernando não deixou por menos. A sua agilidade, a sua capacidade de coordenação e concentração é fantástica. Uma verdadeira aula para quem gosta de comunicação de massa. PARABÉNS.
Parabéns também para os figurinistas, cenógrafos, iluminadores, roteiristas, sonoplastas, todos aqueles que dão o suporte ao grande trabalho, que ficam por detrás das câmeras, não aparecem, são rostos desconhecidos, mas tão importantes quanto os atores. Por que? Porque se eles não existissem, não existiria a realidade cênica que vimos todos os dias.
E aos atôres, nosso muito obrigado. Vocês conseguiram prender a nossa atenção durante todo esse tempo, fazendo parte de nossas vidas, de nosso cotidiano, tornand0-se fiéis escudeiros do nosso dia a dia. Eu pude ver muita gente, onde me incluo, parando o que estava fazendo para assistir ao capítulo do dia, rir um pouco, imaginar as cenas ou o que iria acontecer com algum dos seus personagens. PARABÉNS... foram ótimos. TODOS, sem exceção!!!
Agora, que pecado o que foi colocado no ar para substituir um trabalho tão bonito e cativante como esse. Difícil de acreditar que atores como Antonio Fagundes e Debora Duarte, entre outros, se dignem a fazer esse trabalho. Quem não se lembra dos dois em Esperança? Assitir aos dois agora neste horário, fazendo um papel onde o grande Antonio Fagundes tenta resgatar o seu personagem líder de uma favela (Duas Caras) é uma falta de imaginação global.
O inicio da trama, com capítulos que mais nos remetem à desastrosa novela Negócios da China, já dá uma pequena mostra de que este folhetim será uma confusão completa. Será dificil que Tempos Modernos consiga obter os mesmos índices de Caras e Bocas, e será dificil também que todos consigam identificar tão bem, quem é do bem, quem é do mal, e quem é quem nesta trama. (Sem falar no linguajar totalmente fora de foco e sem lógica para personagens contracenando com o ícone do nosso teatro e televisão, o astro maior Antonio Fagundes.)
Aliás, cada vez que assisto a um capítulo desta novela, tento ver o ator participando da trama, e não o personagem, e me pergunto: Será que ele não se pergunta --> O que é que eu estou fazendo aqui?
Espero estar errado, e que essa nova novela consiga ter uma recuperação, pois eu a vejo nati-morta.
Será?
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