segunda-feira, 1 de março de 2010

Atitudes e palavras impensadas podem gerar o caos.

Analisando a partida de ontem entre o Santos e o Corinthians na Vila Belmiro, pudemos perceber várias atitudes que poderiam ter provocado uma reação irracional de torcedores, dos dois times. Principalmente daqueles que foram à Vila Belmiro para torcer pelo time visitante.

Senão, vejamos:

O atleta que leva a alcunha de Ganso comprovou que chegou mais forte no jogador Ronaldo, para mostrar que ele, Ganso, era quem jogava para o time da casa. Uma entrada maldosa, com uma joelhada (como mostram as imagens), com apenas 10 segundos de jogo.

O título da notícia que saiu no site de esportes da globo.com diz, em letras garrafais: GANSO DIZ QUE DEU ACORDADA EM RONALDO. Lendo a matéria, observamos que o jogador disse (e está gravado): O Ronaldo saiu um pouco lento. Cheguei só meio empurrando para dar uma acordada, para dizer que ele não está no Pacaembu. Está na Vila Belmiro.

A irresponsabilidade do jogador, ainda jovem, como todo o time do Santos, já deu trabalho para a assessoria de imprensa do time santista, que teve que desmentir o fato e, ao saber que tudo estava gravado e registrado com a voz do jogador, teve que mudar seu discurso e falar que o Ganso não quis machucar o Ronaldo.

E na foto (e imagem) em que o Ronaldo aparece reclamando com o juíz, o árbitro está com um sorriso irônico bem visível.

Em outra entrevista, outro jovem jogador, o Neymar, que ninguém nega é um jogador de futuro, falou com ironia, com um sorriso de provocação, que deu um lençol no Chicão, mesmo depois do jogo paralisado, porque teve vontade de fazer isso. Saber jogar não se demonstra com irresponsabilidade, pois os atletas hoje são responsáveis por seus atos e palavras, mais do que no passado, podendo gerar a ira e provocar reações incontroláveis, quando se tem mais de 15, 20 mil pessoas em um estádio de futebol.

E ainda ficou claro nessa jogada infeliz, própria de quem não está preparado para ser ídolo, que ele, Neymar olha para trás para ver se o jogador do Corinthians está seguindo-o. E o juiz, na mesma cena, não fez nada. Só deu cartão amarelo ao Neymar devido à reação do corinthiano.

Caso o Chicão não o houvesse perseguido e nem empurrado, tudo ficaria por isso mesmo.

Quem não se lembra do que aconteceu com o Edilson em um jogo do Corinthians contra o Palmeiras? A confusão que só não acabou em tragédia por sorte. Tragédia fora do campo não houve mas a batalha dentro do campo, sim essa houve.

E quem deveria estar cuidando para que isso tudo fosse evitado, o árbitro da partida de ontem, foi de uma mediocridade a toda prova. Não coibiu a entrada maldosa com 10 segundos do primeiro tempo, foi caseiro, dando dois pesos e duas medidas às faltas do jogo, interpretações diferentes para os dois lados, e ainda comentando, pelo que se lê, que o Santos iria ser campeão de qualquer forma.

Portanto, que pena, que lástima, pois somos obrigados a assistir cenas como essas e ainda ouvir comentaristas de televisão, renomados, falarem que esse é o futebol moleque bonito, que isso é típico do futebol brasileiro, que isso é alegria e é brincar na partida.

Meus senhores... que lástima. Futebol bonito é jogar para a frente como o Santos faz, quando joga com objetividade, sem provocação. Quando o fazem pelo simples prazer de JOGAR BOLA, e não tentar fazer-se valer de um mando de jogo ou de uma molecagem sem necessidade.

No ano passado, mesmo jogando muito bem, ganhando tudo que aparecia pela frente, mostrem-nos um momento, um jogo, em que o Corinthians tentou humilhar um jogador ou um time.

Dificil, certo. Então, meus amigos... cuidado! Vocês estão criando não um ídolo, ou um time de craques, mas um momento feio em um futebol bonito.

Purcino

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